Há 45 anos o vocalista Bon Scott (AC/DC) morria, em decorrência de asfixia causada pelo consumo excessivo de álcool.
Bon Scot, nascido Ronald Belford Scott Forfar, Escócia, em 9 de julho de 1946, filho de Charles Belford Scott e Isabelle Cunningham Mitchell. Sua primeira inspiração no mundo do rock veio com Little Richard e antes da música trabalhou como carteiro, bartender e motorista, onde nessa função conheceu a banda pelo qual conheceria o sucesso trilhando a estrada do rock and roll. E foi durante a árdua vida na estrada que Bon Scott escreveu pérolas do rock n’ roll como It’s A Long Way to the Top, Let There Be Rock, Show Business e Highway to Hell.
Bon foi o segundo vocalista da banda, o primeiro foi Dave Evans e como frontman do AC/DC de 1974 a 1980, lançou sete discos e morreu logo após o lançamento do último álbum como vocalista, o fantástico Highway to Hell, que os catapultou à fama mundial. Scot Iniciou sua carreira com a banda The Spektors e logo depois, formou o The Valentines, onde conheceu seu amigo, Vince Lovergrove com quem que trabalharia no Fraternity, que após a dissolução, veio a integrar AC/DC. Bon estava trabalhando como motorista do AC/DC, quando foi chamado para ocupar o cargo de baterista, mas logo se tornou o vocalista da banda, pois declarou que o posto de cantor era o que mais pegava garotas na época.

Sua influência musical inicial veio do pai, que era músico em sua cidade natal, na Escócia e Bon tocava bateria, gaita de fole e flauta doce. Scott toca gaita de fole em “It’s a Long Way to the Tope na música “Seasons of Change” do Fraternity, ele foi responsável pela flauta doce. Suas letras abordavam principalmente temas como mulheres, carros, bebida e curtição. Sua morte até hoje não foi muito bem explicada e após a turnê de divulgação do álbum Highway to Hell pela Europa, Scott resolveu passar uns dias em Londres, para rever amigos.
A tragédia teve início numa tradicional noite de bebedeira, coisa a que Scott estava habitualmente acostumado e juntamente com um amigo seu Alistair Kinnear, foram tomar uns drinks no Music Machine, um clube noturno localizado em Camden Town. Depois de muitas rodadas, a dupla foi para Ashby Court, onde Scott vivia naquela época e no caminho Bon “apagou” no banco de trás do veículo e Kinnear não deu muita bola e seguiu em frente.
Quando chegou na casa do vocalista, Kinnear tentou acordar Scott e levá-lo para a cama, porém, não conseguiu acordar seu companheiro que estava num avançado estado de embriaguez. Kinnear desistiu da ideia e seguiu dirigindo para seu próprio apartamento e chegando lá houve uma nova tentativa frustrada de tirar o amigo bêbado do veículo e o jeito foi deixa-lo ‘dormindo’ no banco de trás do Renault 5, em Overhill Road, uma estrada localizada em East Dulwich.
Quando Kinnear voltou pela manhã seguinte para ver o estado do amigo, já era tarde demais e Bon Scott já estava morto e praticamente congelado pelo frio dentro do pequeno automóvel. O amigo ainda o levou às pressas para o Kings College Hospital, em Camberwell, que declarou que o músico chegou já sem vida nas dependências do pronto socorro.
O atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido em decorrência de overdose e ‘death by misadventure’ (morte por desventura, ou por desgraça).
Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria se sufocado com o próprio vômito e que a baixa temperatura da madrugada e suas constantes crises de asma, colaboraram para a tragédia daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980. O corpo do vocalista foi cremado e suas cinzas foram levadas por sua família para o Cemitério de Fremantle, em Fremantle na Austrália Ocidental. Após a entrada de Brian Johnson o AC/DC grava o multiplatinado Back in Black, alterando o som da banda sem perder sua característica, no entanto, perdeu um pouco do swing e da influência do blues que emanavam de Bon, ganhando outras nuances, nunca antes exploradas.
Bon também é considerado por várias publicações como um dos melhores cantores de rock and roll e em uma lista divulgada pela revista Kerrang, Bon Scott está na posição 5 dos maiores ícones do Rock. Em 2006, a revista Hit Parader colocou Scott como o quinto melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos. It’s A Long Way to the Top…If You Wanna Rock na Roll, my friend!