Marlon Prado nasceu em Assis em 1987, mas ele próprio diz “sou de Ourinhos, no interior de São Paulo, cresci e vivi a vida toda em Ourinhos, a Terra do Pé Vermelho”.
Passou a infância e adolescência no Jardim Paulista e viu o bairro se transformar conta ele, “a rua era o nosso quintal, lembro que quando tinha 8 anos havia mais de 30 meninos na minha rua e vários amigos mais velhos que tinham bandas de rock”.
Entre esses amigos que já se aventuravam na música ele cita Flávio Hurk, Vermelho, Kid, Tio Hel e Paulo (baixista). “Eram figuras que, de vez em quando, ensaiavam na rua e o rock era a tradução da rebeldia da época”, lembra.
A geração dos seus irmãos, um pouco mais novos também teve sua parcela de músicos, seu irmão, por exemplo, comprou um violão que acabou passando de mão em mão. “Foi ele quem me ensinou minha primeira música”.
Marlon rememora que já na sua adolescência, Ourinhos fervilhava com o movimento hardcore e coletivos se reuniam em casas para ensaiar, discutir política, ler livros e trocar ideias. Foi nesse ambiente que começou a tocar contrabaixo na banda “MST – Muito Sem Tanto”, puro hardcore. “Tocávamos músicas autorais, e a formação era eu, Digo, Juliano e Jorge do Mundo”, relembra
Antes disso, aos 10 anos, em 1997, se enveredou em aulas de capoeira com o Professor Boi, para ele a capoeira foi um dos primeiros lugares onde tive contato direto com a musicalidade. Por volta de 2002 começou também a tocar contrabaixo numa banda de reggae chamada Kaiyauere.

Em paralelo formou uma banda de funck soul , que se chamava Bem Black e se apresentavam Bar Viela das Artes que depois passou a se chamar Gourmê. “A partir daí, fui expandindo meu repertório. Comecei a tocar mais música popular brasileira. Peguei meu violãozinho e fui viajar pelo Brasil. Foi nessa época que comecei a tocar Jorge Ben, essas coisas da nossa música brasileira”.
Em 2008, morando na cidade de Diamantina, em Minas Gerais passou a se dedicar a estudar música de forma mais aprofundada: violão clássico, flauta transversal e a partir desses estudos mergulhei ainda mais na MPB. “De volta a Ourinhos, estudei com o mestre Toninho Breves que me apresentou o universo do choro, do samba e várias referências riquíssimas.

Mais adiante, morando em Curitiba cursou a Faculdade de Artes do Paraná (FAP) buscando o bacharelado em música popular. “Lá, toquei muito mais choro, e comecei a estudar o pífano. Foi nesse momento que tive contato mais direto com os ritmos da cultura popular brasileira: coco, bandas de pífano, forró, baião, xaxado, arrasta-pé… E formei uma banda lá chamada Regional Sabiá.”
E assim com toda versatilidade e interagindo com diversas formas de conhecimento dentro da arte , Marlon Prado sobe ao palco do SESI Ourinhos na próxima 5ª feira (22) às 20 horas para apresentar o show “Raízes do Brasil.
Tocando Violão 7 cordas Nylon, Marlon estará acompanhado dos músicos Willians Alexandre no Cavaco e Bandolim, Erick Martyniack Pandeiro, Isaac Felix Sax e Fábio Bigode Surdo e Percussão geral.
E com esse time Marlon mescla gêneros musicais da música popular brasileira, a apresentação traz estilos como o samba, o choro e o maxixe, a partir de composições autorais e arranjos de Marlon Prado entre outras canções que inspiraram sua carreira ao longo de sua trajetória.
Ingressos gratuitos e limitados! Reserve:
https://www.sesisp.org.br/evento/87350536-9e9c-41e1-843b-c530c893c327/raizes-sonoras
