Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg revela que presidentes do Senado e da Câmara têm maior taxa de desaprovação entre os principais líderes políticos do Brasil
Os políticos Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) presidente do Senado e Hugo Motta (Republicanos-PB) presidente da Câmara estão com altos índices de rejeição, liderando rankings de imagem negativa na opinião pública. Essa alta rejeição reflete um descontentamento significativo da população com a atuação desses líderes e, por extensão, com o Congresso Nacional como um todo
.A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 30 de junho de 2025 com 2.621 brasileiros adultos, mostra que apenas 3% dos entrevistados têm uma imagem positiva de Alcolumbre, enquanto 75% manifestam percepção negativa, resultando em um saldo de imagem de -72 pontos percentuais — o pior entre todos os avaliados. Já Hugo Motta registra 4% de imagem positiva e 74% de negativa, com um saldo de -70 pontos
A atuação de Alcolumbre e Motta em pautas que geram discórdia e afetam diretamente a população, como a recente derrubada de decretos do governo sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tem sido um ponto de atrito. A decisão de sustar esses decretos, apesar de ser uma vitória do Congresso, gerou acusações de quebra de acordo por parte do governo e uma percepção pública de “inimigo do povo” para o Legislativo.
Embora tenham demonstrado capacidade de transitar entre diferentes espectros políticos, unindo até mesmo PT e PL em certas ocasiões, essa flexibilidade pode ser interpretada por parte da opinião pública como pragmatismo excessivo ou falta de alinhamento claro com os interesses da população.
A rejeição a Alcolumbre e Motta se insere em um contexto mais amplo de baixa confiança nas instituições legislativas. Pesquisas recentes indicam que a desconfiança no Congresso tem aumentado, com o parlamento figurando entre as instituições com menor credibilidade para a população. Essa desconfiança geral acaba se refletindo diretamente na imagem de seus principais representantes.
Discussões sobre temas como o semipresidencialismo e a manutenção do controle sobre emendas parlamentares também contribuem para a rejeição, já que a população muitas vezes percebe essas pautas como voltadas a interesses internos do Congresso e não às necessidades da sociedade.
A mídia e a opinião pública têm reagido à alta rejeição com questionamentos sobre a atuação do Congresso e a representatividade de seus líderes. Comentários nas redes sociais e análises críticas em veículos de comunicação refletem um sentimento de desapontamento e até indignação.
A pressão sociedade civil e grupos de interesse tendem a pressionar por mais transparência e por ações que demonstrem alinhamento com as demandas populares, o que pode forçar os parlamentares a reconsiderar certas posturas ou prioridades.
Hugo Motta e Alcolumbre não entenderam que o povo lhes outorgou um mandato para representar e não os transformou em dono de nada.