CPI vai investigar visitas do “careca do INSS” ao instituto e a políticos do Congresso

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou um pedido de prisão preventiva para Antonio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como “careca do INSS,” e outros 20 investigados por fraudes em benefícios. O requerimento agora será enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, responsável pelo caso, que decidirá sobre as prisões.

Antunes é apontado como o principal operador do esquema. Ele movimentou R$ 53 milhões por meio de sindicatos e empresas, um valor muito superior à sua renda mensal declarada de R$ 24 mil. Parte desse dinheiro, segundo as investigações, foi usada para comprar presentes para dirigentes do INSS, incluindo um Porsche de R$ 500 mil que foi transferido para a esposa de um procurador. O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que estava no cargo quando as fraudes foram reveladas, também está entre os investigados.

Mapeando conexões políticas

A CPMI também aprovou um requerimento para obter os registros de entrada e saída de Antonio Carlos em diversos órgãos do governo, incluindo o Ministério da Previdência e o Congresso Nacional, entre 2019 e 2025. O objetivo é mapear suas conexões políticas e identificar possíveis encontros e canais de influência para embasar novas investigações. Além disso, foram aprovados 37 outros requerimentos para acesso a documentos e informações de diferentes órgãos.

Na última segunda-feira, a comissão ouviu o advogado Eli Cohen, que detalhou as fraudes contra aposentados e pensionistas que tiveram débitos não autorizados em seus benefícios. Ele listou empresas e pessoas envolvidas, destacando o papel do empresário Maurício Camisotti e de Antonio Carlos Camilo Antunes na coordenação do esquema.

O advogado chegou a mencionar deputados federais que teriam participado de uma festa organizada grupo empresarial Total Health (THG), controlado por Camisotti. Ele afirmou suspeitar que as fraudes contaram com “suporte político” em diversas esferas do governo, mas ressaltou não ter provas concretas.

Ele disse que tem suspeitas, mas não provas, de que as fraudes contaram com “suporte político” no Legislativo, no Executivo e no Judiciário.

Fonte: Agência Senado

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