A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Apostas Esportivas, ou “CPI das Bets”, no Brasil, tem avançado em suas investigações e já fez algumas descobertas importantes.
Entre as principais descobertas e focos da CPI até o momento estão a manipulação de Resultados em jogos de futebol. Há pedidos de indiciamento de empresários como William Pereira Rogatto, Thiago Chambó Andrade e Bruno Tolentino (tio do jogador Lucas Paquetá), por envolvimento em esquemas de manipulação.
A CPI tem dado muita atenção ao papel dos influenciadores digitais na promoção das plataformas de apostas. Depoimentos de figuras como Virginia Fonseca e Padre Patrick já ocorreram, com questionamentos sobre a forma como divulgam os jogos, a falta de alertas sobre os riscos de vício e perdas financeiras, e a possível participação em esquemas ilegais. Há indícios de que muitos recebiam comissões significativas sem alertar sobre os riscos.
Lavagem de Dinheiro: Há suspeitas de esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo empresas de fachada no setor de apostas online, explorando a falta de regulamentação prévia.
Impacto Social e Econômico: A CPI tem abordado o impacto devastador dos jogos de azar nas famílias brasileiras, incluindo o vício e o endividamento, especialmente entre os jovens. Dados do Banco Central apontam que bilhões de reais foram destinados a plataformas de apostas nos primeiros meses de 2025.
Há um debate em curso sobre a necessidade de coibir a publicidade predatória das bets e a exigência de certificação para influenciadores que veiculam anúncios, muitos argumentam que a publicidade é excessivamente invasiva e atrai públicos vulneráveis. Limitações na publicidade, como restrições de horários e canais, e a proibição de publicidade direcionada a menores de idade, seriam medidas importantes para mitigar esses riscos.
A CPI pode ser prorrogada e deve encerrar seus trabalhos em 14 de junho, caso não haja nova prorrogação.